Inimigos da HP, amor materno e o pensamento metódico: um panorama da psique pós-moderna

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Um dia você acorda daquele jeito esquisito. Pensa que talvez ter comido aquele lanche no Podrão da esquina foi uma decisão equivocada. Pensa que talvez deveria ter se formado em Agronomia. Pensa que talvez sair por aí cantando “Mãe, eu vou no show do Inimigos, mãe. Não quero mais saber de nada, não. Só quero paz e amor no coração” não seja lá má ideia. E talvez você esteja certo. Talvez os Inimigos estejam certos.

Talvez o mundo seja mesmo um lugar hostil, repleto de pessoas se estapeando por um lugar na fila da galera que quer te aborrecer. Talvez aquela colega derrubou suco de propósito na sua roupa nova. Bem que você reparou no olhar ardiloso dela. Quem te deu a roupa foi a Tia Marta, e você nem gostava tanto assim do presente. Ela comprou 2 números maior do que o seu manequim. Será que você aparenta ter mais gordura do realmente tem? Pode ser.

Lembrando do presente e da ousadia que teve de dizer pra sua mãe que ia no show do Inimigos, você entra em estado de choque. Se deu conta de uma verdade inconveniente.

Você esqueceu de comprar o presente da sua mãe.
Deus no comando.

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